quarta-feira, 22 de abril de 2009

Os sacos dos outros

" Comecei a separar o lixo há uns anos. No inicio apenas o vidro, num saco, junto do caixote do lixo. Habituei-me. De seguida foi o papel e o cartão. Outro saco! Ainda não existiam ecopontos em todas as ruas e muito menos ecopontos domésticos. Os amigos quando me visitavam achavam piada, como se fosse um capricho meu querer separar o lixo. Não percebiam como tinha eu paciência para este “ tipo de coisas”. Levar o lixo no carro para tentar encontrar um ecoponto… que lixarada na cozinha, tantos sacos, diziam! De inicio não dei importância, mas ficava a pensar, talvez tenham razão! Realmente… que grande disparate. Para quê tanto trabalho por causa do lixo? Parei! Deixei de reciclar. Por poucos dias… Para meu grande espanto, não era a mesma pessoa. Desconfortável, de consciência inquieta. Embora parecendo um extra terrestre entre os mais chegados, voltei a reciclar! De dois sacos passaram a três, pois comecei também a separar o plástico. Passados estes anos, tudo isso fez parte da rotina diária. E que satisfação ao ver quem olhava com desagrado para “ tantos sacos”, fazer o mesmo: RECICLAR, como tarefa diária. Actualmente, as minhas preocupações vão um pouco mais longe: não desperdiçar água, não usar sacos de plástico nas compras do supermercado, entre outras. Cabe a cada um de nós fazer os ajustes e decidir. Vamos, todos, aceitar este desafio e colaborar para proteger o nosso mundo? Vão sentir-se bem melhor sabendo que estão a participar. Não fiquem de braços cruzados olhando para os “sacos” dos outros. È tão fácil colaborar. "

Luísa Cairo

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